25 novembro 2008

Violência dos filhos sobre os pais


O fenómeno de violência doméstica de filhos sobre pais não é novo. Esta realidade sempre esteve, isso sim, demasiado oculta. A violência doméstica tende erradamente a ser percepcionada como unicamente violência física de homens sobre mulheres. Todavia, nem só a violência doméstica incide sobre mulheres como vítimas como, concomitantemente, incidem sobre homens e de filhos sobre os pais, e não somente o contrário. Da mesma forma, de realçar que a violência não é só física como também psicológica, podendo esta apresentar contornos deveras graves.

A violência e maus-tratos que os pais sofrem dos seus filhos tem como principais vítimas os idosos. E aqui os maus-tratos atingem o auge assim como a violência psicológica é também ela bem patente, sendo os idosos acusados de pertencerem a uma faixa etária inútil, parasita, sem sentido prático de vida visto que muitos representam um encargo económico elevado e as necessidades que os mesmo necessitam são grandes.

Contudo, este problema social cada vez mais patente na sociedade continua ainda muito desconhecido talvez porque as suas vítimas têm vergonha e medo das repressões que os seus agressores, que são nada mais nada menos que os seus próprios filhos, possam sofrer. Não obstante, a verdade é que o fenómeno tem vindo a agravar-se. A sociedade actual cada vez menos paciente e tolerante com as gerações mais velhas descarregam todas os seus problemas e frustrações nos pais e até nos avós. De salientar que este fenómeno atinge todas as camadas sociais e não somente as mais desfavorecidas como tendencionalmente se julga.
A notícia acima citada destaca ainda facto de muita desta violência ocorrer em famílias onde está presente somente o filho - agressor - e a mãe - vítima. Isto devido à não existência do pai ou onde o pai é uma figura ausente.

Felizmente, têm vindo a intensificar-se os apoios a estas vítimas de maus-tratos o que lhes dá mais segurança para apresentarem queixa. O caso desta linha é um exemplo onde vai intervir para restaurar o equilíbrio emocional e, depois, fornecer ferramentas que permitam aos pais lidar com o problema.

1 comentário:

Anónimo disse...

http://csisantotirso.blogspot.com/