Despistou-se e morreu após voar sobre estrada
Jovem de Santo Tirso vítima de acidente na A7. Causas estão por explicar
Ninguém sabe como aconteceu o despiste. Apenas que foi violento: Tiago Azevedo, 19 anos, voou cerca de 75 metros sobre uma estrada municipal, a partir da A7, na carrinha da empresa onde trabalhava. Teve morte imediata.
Era suposto Tiago ter regressado ontem, a meio da tarde, a Vila das Aves, concelho de Santo Tirso, onde residia e trabalhava na empresa do pai, a Azevedo e Filhos, Limitada. "Ele tinha ido levar um motor a Fafe para arranjar, e já vinha para casa", contou, ao JN, Albano Carneiro, tio, por afinidade, do rapaz. O regresso ficou por cumprir: cerca das 16.20 horas, um despiste na A7, no sentido Fafe-Guimarães, perto do lugar de Travassós, em Jugueiros, no concelho de Felgueiras, ser-lhe-ia fatal. Tiago não resistiu à violência do acidente e faleceu na estrada, apesar de todos os esforços de reanimação. "Quando chegámos ao local a vítima estava encarcerada e a equipa do INEM já lá se encontrava. Ainda desencarceramos o corpo, mas a morte estava confirmada porque foi quase imediata. Não havia nada a fazer", disse Paulo Ferreira, chefe da Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários de Fafe.
Tiago tinha voado perto de 75 metros. O veículo em que seguia, sozinho, atravessou, no ar, uma estrada municipal, acabando por se imobilizar numa pequena encosta. O Renault Laguna preto que o jovem conduzia, propriedade da firma da família, a trabalhar na área de electricidade, transformou-se numa irreconhecível amálgama de chapa. De acordo com informações colhidas pelo JN, o veículo despistou-se após uma curva ligeira à direita, tendo galgado a berma da auto-estrada. Porém, as causas do despiste estão ainda por apurar.
Descrito pelo marido da tia como "uma pessoa muito pacata e calma", Tiago nunca tinha tido um acidente rodoviário, garantiu ainda Joaquim Pereira, outro tio da vítima e presidente-adjunto da direcção do Clube Desportivo das Aves, onde Tiago era dirigente das equipas amadoras de futsal há duas épocas. "Estamos perplexos. Não sabemos como isto aconteceu", desabafava Albano Carneiro. "Ele conduzia há bastante tempo e diariamente", afiançou Joaquim Pereira, sem, contudo, achar ânimo para interrogações. "Era um jovem. Bom rapaz. Metido no lugar dele". Não houve forças para mais: a voz embargada desfez-se em choro desabrido. Era suposto Tiago ter chegado a casa…
[Jornal de Notícias]
