08 março 2008

Mulheres na Política

A Lei da Paridade com a sua consequente determinação de quotas, é um tema delicado e controverso suscitando as mais diversões opiniões. Estejamos a favor ou contra, a verdade é que nas próximas eleições esta lei da paridade será uma realidade e, possivelmente, teremos mais mulheres a ocupar cargos políticos.
Haverão muitas mulheres predispostas e preparadas a ingressar na política?
Terão sido as mulheres discriminadas e excluídas da vida política todo este tempo? É a política uma coisa para homens? Há uma desigualdade de oportunidades de género no mundo político-partidário? Irá esta lei da paridade fazer ingressar na política mais mulheres em pé de igualdade com os homens?

Entretanto, a Comissão Política Distrital do PSD/Porto antecipa-se com vista a preparar atempadamente as futuras eleições e cria um Secretariado Distrital Permanente das mulheres social democratas. De salientar que já possuem também este tipo de organização a nível concelhio.
Como referido anteriormente esta lei gera alguma controvérsia e nem toda a gente a vê com bons olhos.
Na Assembleia Distrital do PSD/Porto do passado dia 15 de Fevereiro, aquela que foi a minha primeira Assembleia como delegada distrital do PSD/Porto, este foi, obviamente, um tema que gerou uma discussão enriquecida. Embora a larga maioria dos delegados presentes fosse a favor desta lei e aplaudisse a CP Distrital pela criação deste Secretariado Feminino, houve uma e outra pessoa que tivesse opinião contrária.

Não me alongarei muita sobre a minha opinião acerca deste assunto, no entanto gostaria de deixar alguns esclarecimentos a meu ver importantes. Por positiva que seja, tal medida não deixa de ser uma discriminação. Por tal, sou da opinião de que as mulheres deviam estar na vida política e partidária de livre e espontânea vontade e não por serem forçadas a tal dado que uma lei assim obriga. Temos que ter mulheres motivadas, preparadas e interessadas pela vida política-partidária e não estarem nos cargos políticos porque a lei assim o exige. E é precisamente por tudo isto, eu estou plenamente de acordo com a criação deste secretariado de mulheres social-democratas por parte da CP Distrital do PSD/Porto. Como tantas vezes refere o nosso presidente, Marco António Costa, isto serve para chamar a tempo as mulheres para a esfera político-partidária e prepará-las para os desafios eleitorais que se aproximam. Para não chegarmos à altura das eleições e termos de colocar nas listas a vizinha, a prima, a amiga só porque a lei assim impôe. Queremos mulheres interessadas e preparadas.

No que concerne ao número resoluto de mulheres na vida política e partidária comparativamente com os homens, poderer-se-á dizer que há uma discriminação em relação às mulheres? Eu responderia: sim e não.
Não diria que o homem discrimina e exclui a mulher da esfera política mas, de certa forma, há uma discriminação indirecta às mulheres por parte da sociedade. De uma forma geral, enquanto o homem divide o seu tempo apenas entre o emprego e a política, a mulher não. Por alguma evolução que tenha havido na repartição de tarefas domésticas entre ambos os sexos, a verdade é que ainda é muito delegado na mulher o papel da dona-de-casa e cuidadora dos filhos. Por conseguinte, é-lhes impossível ter o mesmo tempo e disposição para a vida política que os homens têm. Daí que a política ainda seja muito vista e pensada para os homens.
No entanto, e falo por experiência própria, nunca me senti inferiorizada ou discriminada no mundo político-partidário pelo facto de ser mulher. Bem pelo contrário, sinto que me dão valor e depositam confiança em mim. Por isso, acho que deste ponto de vista as mulheres não são discriminadas da política.

Por tudo referido anteriormente apoio esta iniciativa da CP Distrital do PSD/Porto que tem desempenhado muito bem o seu papel. E a prova disso foi o 1º grande almoço das Mulheres Sociais Democratas do Distrito do Porto realizado hoje em Valongo com a presença do Presidente da CPD do PSD do Porto, Marco António Costa e do Presidente do partido, Luis Filipe Menezes.
A organização esteve muito bem, e o almoço correu muito bem. Estive presente neste almoço e posso dizer que as mulheres social democratas do distrito do Porto são um orgulho e um exemplo a seguir.

É por estas e por outras que me orgulho de ser do distrito do Porto! E melhor distrito não há!

1 comentário:

Anónimo disse...

Biba o Porto, carago!