Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva
Recentemente têm emergido categorias atingidas pelos fenómenos da chamada "nova pobreza" geralmente produzidos por processos de modernização injustos. Enquanto antigamente a maioria dos pobres em Portugal era constituída por pessoas idosas, camponeses e assalariados da agricultura, da indústria e dos serviços menos qualificados e mal remunerados, hoje temos assistido à emergência de novas categorias de pobres.
Em primeiro lugar surgem os desempregados de longa duração. Não só mais pessoas tem perdido o seu emprego, como cada vez mais os desempregados tendem a prolongar essa situação.
Outra categoria extremamente vulnerável à pobreza é correntemente designada por "grupos étnicos e culturais minoritários". Para além dos ciganos, uma boa parte dos quais vive em condições de extrema precariedade a que não é estranho um certo ostracismo favorecido pelo autofechamento, são particularmete vulneráveis os imigrantes africanos.
Duas categorias que tendem a fazer crescer significativamente as situações mais problemáticas de pobreza e exclusão social: famílias monoparentais e pessoas com deficiência.
Ainda será relevante salientar grupos particularmete problemáticos, pessoas que vivem em situação de marginalidade ou em reclusão não voluntária, como sejam toxicodependentes, meninos de rua e pessoas sem abrigo.
É urgente combater estes fenómenos de pobreza e exclusão social através da sensibilização dos responsáveis políticos, da comunicação social e da população em geral.
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