O Governo transformou o aborto livre em aborto gratuito. Mesmo que que não exista qualquer justificação médica, psicológica ou financeira para a mulher abortar, mesmo que seja apenas porque sim, o Estado paga tudo. É injusto e desproporcional.
Revista Sábado
Mais do que inconsistência(inicialmente era suposto haver taxas moderadoras para pagamento do aborto, agora não) e incoerência neste assunto, o sr. PM parece demonstrar estupidez. É que só consigo encontrar este termo para definir tal medida. Em serviços de saúde básicos, necessários e urgentes pagam-se esses serviços, o aborto será gratuito.
Contenta-me apenas o facto de não ter contribuido para esta medida visto que votei "Não" no referendo.
10 comentários:
Ola Helena, antes de mais gostaria de te felicitar pelo teu blogue, muito dinâmico e sempre com assuntos pertinentes (à excepção de quando fala no slb...lol...).
Quanto ao assunto deste post, não poderia deixar de concordar contigo, não pelo governo que é, mas fui contra o referendo, que não passou de uma luta politico partidária onde se pretendeu instituir a gratuidade do aborto. Acho que há coisas mais prementes no sistema nacional de saúde do que pagar o aborto. Um segundo ponto esta liberalização do aborto trará a médio/longo prazo custos sociais nefastos à nação.
OLÁ HELENA
Aqui só vou versar o tema das taxas moderadoras, e não se somos a favor ou contra a despenalização da gravidez,
porque essa questão está decidida e ultrapassada.
Peço desculpa, mas, discordo do seu ponto de vista, em relação á isenção da taxa moderadora para quem pratique o aborto, então posso concluir que concorda com todas as restantes taxas moderadoras no S.N.S.?
As alegadas taxas moderadoras são sem dúvida impostos duplicados, os quais, acabam por sobrecarregar as famílias mais desfavorecidas, não será assim ?
O Sr. P.M. só demonstra estupidez, como diz, mas em aceitar as taxas moderadoras no S.N.S.,digo eu.
Desconheço que hajam taxas moderadoras nos países da Europa.
Não acha, que já temos os impostos mais altos da Europa ?
http://caoraivosoviladasaves.blogspot.com
Rui, obrigada pelo elogio ao blog! Vai aparecendo.
Estou completamente de acordo contigo, este referendo não passou de uma luta politico-partidaria. Não foi a vitoria de um querer a despenalização do aborto por parte da mulher, foi uma vitoria do PS e, sobretudo, uma vitoria de José Sócrates. E para quem achava que tal nao iria aumentar o numero de abortos, está muito enganado. Com a gratuitidade do aborto, a meu ver, haverão muitos abortos e, sem dúvida, acarretarão custos irreversíveis ao país.
Beja Trindade, o que aqui questiono e critico nao é se concordo com todas as taxas do S.N.S. O que quero salientar é que se para essas temos de pagar, o mais lógico seria que quem faça um aborto tenha de pagar o serviço.
Sem dúvida que as taxas moderadoras são um encargo complicado para indivíduos economicamente desfavorecidos. E entao acha bem que quem queira praticar um aborto não pague para tal?
Helena Antunes
Fui claro e objectivo, sou contra qualquer tipo de taxa moderadora, independentemente de qualquer situação de saúde pública.
Sou, fui e serei de direita! Aquilo que acho é que há coisas que não são nem de direita nem de esquerda, tem a ver com princípios e ideias de cada um.
Não me parece justo afirmar que a vitória do “Sim” no referendo foi uma vitória política de alguém, pois isto significaria a derrota de outro alguém, o que me parece não ter acontecido. Legalizar o aborto é como um abrir de olhos, abrir os olhos para uma realidade, algo que realmente afectava a sociedade portuguesa desde à muitos anos. A vitória do sim foi só mais um grande passo para a democracia, coisa que parece ameaçada nos dias que correm.
No que ás taxas moderadoras diz respeito tenho que afirma que não me parece, sequer sério, pensar que ninguém, em nenhuma circunstância, deveria pagar taxas moderadoras. É realmente uma coisa que ninguém gosta, e que bom seria poder não pagar, mas tem que ser! Concordo realmente que há cuidados de saúde, e pessoas, que deveriam ficar isentas de pagar tais taxas, e que o aborto não é um destes casos. Há cuidados de saúde básicos, esses sim importantes, e que devem estar isentos destas taxas moderadoras, que se tornam mais um fardo, nos já muito pesados orçamentos familiares dos portugueses. O aborto, apesar de considerar uma vitória para o país a sua liberalização, não me parece um cuidado básico de saúde, e como tal deve ser taxado, não exageradamente, mas taxado.
Queria apenas lembrar, que o País já viveu sem taxas moderadoras e que eu saiba, não foi a banca-rota.
O argumento apresentado pelos governantes,se bem se recordam,foi:
Quartar a grande afluência da população aos hospitais e centros de saúde, aliás argumento provadamente falacioso, dada a criação das novas taxas moderadoras para cirurgias internamentos e afins.
Então trata-se ou não de novos impostos encapotados com o nome de "taxas moderadoras"?
Estas medidas não me espantam , porque vem na sequência das políticas neoliberais de direita, as quais ditam que, quem quer saúde pague, quem quer ensino pague, em suma quem quer ser feliz ,pague; quem não tiver condições para pagar, pois que seja infeliz, que se dane, não será assim???
Caro Beja Trindade
Por acaso não está a falar dos anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, ou está?! Porque se está deixe-me que lhe diga que realmente nessa altura o país não foi à bancarrota, pois não, já lá estava! Por acaso foi, nessa data, que Portugal teve de se socorrer do FMI (Fundo Monetário Internacional) para conseguir ultrapassar a profunda e dolorosa crise económica em que o país se encontrava.
Eu não tenho nada contra as pessoas de esquerda, e concordo até com muitas das ideias da política de esquerda, mas considero que o discurso de que as “ políticas neoliberais de direita” são responsáveis por todos os males do mundo, e ainda mais do país já me começa a deixar uma leve sensação de “disco riscado”!
Apetece perguntar, em plena discussão, ideológica se a esquerda é tão perfeita porque é que durante anos e anos tanta gente tentou passar para o lado Ocidental do muro, e nunca se soube de ninguém que tentasse passar para o lado a Leste!? Ah, e já agora, Cuba e China, para dar só dois exemplos, são paraísos perfeitos?
CARO PEDRO MELO
Como muito bem sabe, o tema concreto inicial, foi sobre taxas moderadoras no SNS.
Não será minha intenção debater aqui a questão ideológica,porque como compreende não há espaço,contudo estou disponível se necessário para um debate ou frente a frente em qualquer local de preferência público.
Pelas suas palavras,quanto á banca-rota a seguir ao 25 de Abril, sou "obrigado a concluir", que antes do 25 de Abril economicamente vivia-mos num mar de rosas, julgo estar a referir-se ao fim dos privilégios dos grandes patrões da banca dos seguros, indústria e comércio.
Agora eu lhe digo, caro Pedro Melo, nunca os trabalhadores deste país tiveram tanto reconhecimento como no período do PREC, basta ver a conquista do 13ºe14º mês, isto para além dos maiores aumentos salariais de sempre em Portugal.
Quanto ao "disco riscado" infelizmente tive que o ouvir ao longo de muitos anos antes do 25 de Abril, o qual nos deu imenso trabalho a parti-lo, contudo (após 33 anos)já começamos a ouvir os primeiros acordes desse velho disco.
Já tive vários debates com pessoas de ideologia oposta à minha, verifico que há sem dúvida uma característica comum, que quando o adversário não tem argumentos para o assunto em debate duma maneira geral iam buscar a Rússia, pelos vistos
agora é Cuba e China.
Tenho muito respeito por todos os povos do mundo, contudo reconheço que há virtudes e defeitos em todos os países,independentemente de ter regimes de esquerda ou de direita.
Nunca disse que a esquerda era perfeita, mas reconheço virtudes na esquerda que não vejo na direita, por isso, fui, sou e serei de esquerda!
Um abraço...
Caro Beja Trindade
Portugal não era, nem de perto nem de longe, um “mar de rosas” antes do 25 de Abril de 1974! As circunstâncias que levaram à “banca rota” foram os anos e anos de uma parva e inútil (para a descrever em apenas duas palavras suaves) “guerra colonial”. O país precisava de uma Democracia, uma a sério. O PREC foi, de facto, uma altura em que se valorizou a “riqueza da nação”, ou seja, os trabalhadores, que estavam em sofrimento já à demasiados anos. Mas não foi só isto o PREC, como bem deve saber. Homens de bem, e homens de poucos escrúpulos há em todas as “esquerdas e direitas”, e felizmente para todos nós, e para os trabalhadores da altura, bem como os de agora, haviam homens de bem nos comandos do país nesta altura, porém, também, alguns, poucos escrupulosos, que tentaram levar o país numa perigosa “viagem à esquerda”, depois de uma terrível e dolorosíssima “vagem à direita”.
Não me diga, por favor, que o que seguiu ao 25 de Abril de 1974 foi um “mar de rosas”. Os mesmos portugueses que sofreram tantos e tantos anos com a ditadura passaram o terror das “FP25”, COPCOM etc...
Sou de direita, porque tal como alguns, encontram virtudes na esquerda eu vejo-as na direita. Porém, além de tudo, sou e sempre serei um democrata e já referi que a esquerda tem muitas virtudes, assim como a direita defeitos. Sou um democrata daqueles que sabe o que é uma Democracia, e como tal, sabe também que Comunismo e Fascismo são sinónimos, e significam os dois a mesmíssima coisa: ditadura!
No que à falta de argumentos diz respeito, certamente não mos faltam e poderemos fazer esse frente a frente, quando, como e onde quiser (apesar de ter uma disponibilidade resoluta). Só me referi a China e a Cuba porque são exemplos “vivos” do comunismo. Mas se quiser outros, mais portugueses, mais próximos e mais actuais também lhe poderei dar bastantes!
Quanto ao “disco roto”, em muitos e muitos anos sempre o ouvi tocar, desde que me lembro alias! Não me parece que “os acordes” tenham recomeçado a tocar à pouco tempo novamente, porque o “disco” nunca parou de tocar realmente, independentemente de que “tocava” o disco, ou de quem ouvia a música. E o que aconteceu a quem tentou mudar o “disco”, já velhinho e gasto de tocar à muitos e muitos anos, foi retirado do “rádio”, e colocado na prateleira (podemos também discutir isto)!
Um abraço!
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