25 setembro 2007

Eleições para o PSD - VI

A guerra está instalada no PSD muito devido à polémica actualização das quotas. Pagamentos colectivos, gente com quotas em dia excluída dos cadernos de voto, enfim...a desgraça.

Esta oposição interna que já se tornou numa lamentável guerra interna é, de facto, deprimente. Enquanto social-democrata que sou entristece-me que se tenha instalado este conflito entre militantes do mesmo partido. Tudo aquilo que o partido precisa, é tudo aquilo que tem vindo a perder-se com este combate entre dois indivíduos que querem a todo o custo liderar o partido: unidade, coesão, credibilidade.

Apesar de eu ser apoiante da candidatura de Luis Filipe Menezes, não deixei de elogiar muitos aspectos em Marques Mendes, inclusivé o pagamento de quotas dentro de prazos estabelecidos. Como eu disse, não é minha intenção estar contra algum dos candidatos, mas tão somente sou a favor de uma união dentro do partido e seus militantes para que todos juntos devolvamos ao PSD a unidade e credibilidade que já lhe foi reconhecida.
Contudo, vejo-me aqui obrigada a falar da inconsistência política que Marques Mendes tem revelado aquando do seu programa de candidatura. Na primeira mensagem de telemóvel que recebi (que foram inúmeras de ambos os candidatos) de Marques Mendes ele revelava que pouco iria falar em tempo de campanha porque queria conter-se nos gastos. Ora foi pena eu não ter contado quantas sms recebi de cada um dos candidatos porque agora teria chegado à triste conclusão de que teriam sido provavelmente quase tantas como as do seu opositor.
No prazo de uma semana foram duas as cartas que recebi de Marques Mendes (nenhuma de Luis Filipe Menezes). E eu questiono-me: ondes está aqui a contenção de gastos? Na carta que recebi hoje, escrita pelo seu mandatário nacional, Alexandre Relvas, algumas coisas até me deram vontade de rir. Aqui partilho convosco:


O apoio que damos ao Dr. Marques Mendes radica em três razões essenciais: experiência política e governativa (Experiência até a tem, agora será essa experiência positiva e com bons resultados?); coragem a fazer oposição (Fazer até a faz, mas muito mal feita. Basta ver o à vontade com que José Sócrates abafa o discurso do lider da oposição no Parlamento, caíndo Marques Mendes no papel de ridículo); pensamento estratégico em relação ao futuro (é capaz de me explicar como? É que ainda não percebi...).

Marques Mendes é das pessoas no PSD com maior experiência política e governativa. Nos cargos que exerceu demonstrou sempre competência, consistência e credebilidade. Ora estas qualidades são indispensáveis para disputar com sucesso a chefia do Governo.

Marques tem feito uma posição corajosa. Tomou conta do partido num momento muito difícil, enfrenta um Governo de maioria absoluta, tomou decisões exigentes em prol da credibilidade política e fez oposição com firmeza e responsabilidade. Dificilmente alguém, nestas circunstâncias, poderia fazer melhor.

Marques Mendes tem um pensamento estruturado e coerente em relação ao futuro. As suas ideias para a Reforma do Estado e a favor da competitividade fiscal e das Pequenas e Médias Empresas são pertinentes. As rupturas que propõe em matéria de educação são essenciais a um ensino de qualidade. O compromisso social que faz a favor do combate ao desemprego e ao abandono escolar são apostas fundamentais, em especial para os jovens.

O nosso apoio a Marques Mendes não é contra ninguém. (Não? A sério? Não diria.) É, além do mais, um apoio a favor da unidade do Partido. Ele é neste momento, o melhor colocado para fazer a unidade do PSD. (Ahahaha, não me façam rir!) E a unidade entre os socias-democratas é condição essencial para ganhar eleições.


Estou ansiosa que chegue o dia em que esta polémica acabe. É que esta guerra não acabará 6ª feira, aliás prolongar-se-á até bem depois de se conhecer o futuro líder do PPD/PSD...

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