A Ponte é mais uma, entre muitas escolas que, durante o último século, ousaram defrontar o pensamento único e toda a espécie de fundamentalismos pedagógicos. Foi (e continuará sendo) uma luta incessante contra culturas de solidão, contra a burocracia dos ministérios, a mediocricidade dos políticos e de professores sem escrúpulos. Sabemos que, se o maior aliado do professor é outro professor, o maior inimigo do professor que ousa ser diferente é, também, outro professor. Porque assim é, a Ponte foi alvo de calúnias e agressões vindas de professores de escolas (geograficamente) próximas. E, porque a reelaboração da cultura pessoal e profissional é um processo lento, também foi necessário defrontar a erosão interna - os "invasores" causaram danos, por vezes irreversíveis.
A Ponte passa por transições de natureza diferente da crise geral da Escola. Na Ponte, são procurados caminhos para os descaminhos da Educação. Busca-se concretizar Escola Pública, aquela que - quer da iniciativa estatal, quer da iniciativa particular, a todos os alunos confere garantias de acesso e a todos dá condições de sucesso.
Quando perfaz trinta e dois anos de existência, o projecto da Escola da Ponte está no princípio. Aliás, todos os projectos estão sempre no seu início, sempre no seu "ano zero", no tempo de recomeçar.
Professor José Pacheco, EntreMargens
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