Os sociólogos de esquerda, com os quais perfilho a identidade, cumprem uma missão histórica, potencialmente subversiva. Aliás, é aí onde, no meu entender, reside a verdadeira sociologia: a subversão dos sentidos superficiais atribuídos à vida quotidiana. (...)
Ser sociólogo de esquerda é ser sociólogo por vocação.
Por outro lado, existem os sociólogos de direita, que são os ideólogos do sistema, os que se preocupam com o status quo. São os lambe-botas do sistema. Sobre eles não preciso mais dissertar. São claros os prejuízos que trazem à imaginação sociológica e à dúvida radical.
Uma terceira categoria é a dos sociólogos mercenários. Esses são autênticos garimpeiros da sobrevivência.
Os sociólogos de esquerda encontram-se geralmente mais expostos até porque intervêm nas lutas sociais ao lado daqueles que dispõem de menos recursos materiais e simbólicos. Dependendo da maturidade do regime democrático nem sempre o sociólogo que assume esta identidade é bem vindo.
Relativamente ao sociólogo de direita o cenário parece-me oposto.
Joaquim Fumo em entrevista a Carlos Serra
4 comentários:
Um texto subversivo.
Obrigado pelos textos.
Abraço
Não tem que agradecer, Francisco. Disponha sempre.
Abraço!
A Helena assume-se como socióloga de direita ou de esquerda?
Caro Anónimo,
Não me assumo nem como socióloga de esquerda, nem como socióloga de direita. Sou socióloga e ponto final.
Estar a falar em sociólogo de esquerda ou direita é estar a politizar a nossa profissão, o que não acho bem.
Cumprimentos.
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