25 novembro 2007

Portugal e a Galiza

A Galiza e, em particular, Vigo estão a crescer rapidamente e temo que a minha cidade, o Porto, bem como o Norte de Portugal, não esteja a saber acompanhar esse crescimento galego, correndo o sério risco de vir a ser ultrapassada dentro de pouco tempo por Vigo.

Vigo está a assumir (ou tenta assumir) claramente o controle do Norte da Península Ibérica, pelo menos o Norte de Portugal e a Galiza. A cidade de Vigo está a converter-se numa metrópole, densamente povoada, cosmopolita, afirmativa, elevada auto-estima incentivada pelos seus meios de comunicação social, urbanisticamente bem planeada e interessante (já foi uma cidade feia), economicamente pujante, enquanto as cidades do Norte de Portugal próximas, Viana do Castelo ou Braga, sofrem transformações urbanas à dimensão dos 7 anões da Branca de Neve.

Texto integral em: CyberCultura e Democracia Online


O Francisco tem razão. O Norte de Portugal corre o risco de ficar subjulgado e em inferioridade relativamente à Galiza que tem apresentado indíces mais elevados de crescimento económico e de desenvolvimento. Não raro, apresentar mais alternativas e oferta de produtos e serviços a preços mais atraentes que Portugal. É todo um conjunto de variáveis a que a região norte de Portugal tem de atender para não ser ainda mais ultrapassada pela Galiza.

2 comentários:

Anónimo disse...

Diz-se que Portugal é um país litoralizado, ou até bipolarizado, eu, pessoalmente, considero que Portugal é um pais centralizado, em Lisboa e Vale do Tejo.

Por outro lado Espanha vive claramente numa bipolarização, em Madrid e Barcelona. Porém, o nosso único vizinho tem uma realidade muito diferente da nossa: as regiões administrativas autónomas espanholas permitem desenvolver o pais de uma forma mais uniforme, e sem emperrar nas burocracias políticas e económicas que, estancam o desenvolvimento de todas as regiões de um país. Os responsáveis administrativos destas regiões não se limitam a visita-las em campanha eleitoral, pois vivem nas próprias, e desta forma estão mais próximos das suas populações, e conscientes das suas necessidades, podendo agir de forma mais rápida e eficaz, suprindo mais, melhor e mais eficientemente as necessidades básicas, sociais e culturais das Regiões Autónomas que administram.

Em Portugal, por outro lado, o que podemos encontrar são Municípios estagnados, ou em desenvolvimento desordenado estabelecido pela mão dos empreiteiros, mais poderosos e influentes do que muitos Autarcas, asfixiados economicamente, e mais preocupados em garantir bons resultados eleitorais do que em resolver os problemas das suas populações.
Quanto aos governantes do Estado, os ministros e deputados, só visitam as populações mais afastadas da metrópole quando há campanhas eleitorais, e mais conhecida como época das promessas. Após a eleição o que vemos é a preocupação com o défice e outras coisas que tais, e de resto, fechamos Hospitais entre outras coisas de grande interesse para as populações.

Em suma, há que olhar para a Espanha sem pensar nos caramelos, no futebol ou nas praias da costa mediterrânea, mas sim nos bons exemplos político administrativos, sem falar nos económicos, que encontramos do outro lado da fronteira, e que já faz muita gente pensar que foi um pena o D. Afonso Henriques ter batido na mãe!

Helena Antunes disse...

Rui, penso que ainda há muito a fazer para a regionalização ser uma realidade em Portugal.
Há que sensibilizar mais a sociedade civil relativamente à regionalização, ou seja, urge informar e esclarecer mais as pessoas acerca dos benefícios de sermos governados por regiões administrativas.
Quanto ao Governo, parece que lhe está a custar imenso avançar com a regionalização, seja prontificando um refendo, seja em Parlamento já que têm poder para isso.

Já agora, gostaria que desses o teu parecer no post em que falo de desertificação: um problema social.

Abraço

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