26 dezembro 2007

O que eu temia...

Uso de pequenas quantidades de drogas está "liberalizado" em seis distritos.

Daqui a pouco é pelo país todo...

10 comentários:

BEJA TRINDADE disse...

Não sou nada suspeito para dizer o seguinte:

Haver droga clandestina, que engorda grandes figurões da ribalta, provocando a desgraça dos outros, prefiro a droga legalizada.

Anónimo disse...

A porta totalmente aberta não é a solução...
Vamos ver o exemplo da nova lei do aborto...

Helena Antunes disse...

Caro Beja Trindade, desse ponto de vista dou-lhe razão. Mas legalizar só vai fazer aumentar o número de consumidores e de consumo de estupefacientes. Legitimar e legalizar o consumo de drogas: sou contra!

Caro Sérgio, a legalização do aborto é outro assunto que também sou contra. No referendo votei não. Penso que se compara um pouco com este assunto...

BEJA TRINDADE disse...

Cara Helena Antunes,

Em que provas se basea para fazer uma afirmação dessas, em que "a legalização só vai fazer aumentar o número de consumidores e de consumo".
Há um provérbio que nos diz, o fruto proibido é o mais apetecido.
Está provado, que na Holanda o consumo de drogas baixou, desde da legalização e da criação de salas de chuto, para salvaguarda da saúde pública.

Helena Antunes disse...

O que sucedeu na Holanda não quer dizer que venha a acontecer em Portugal.
Trabalhei 5 meses numa instituição de reabilitação de toxicodependentes, onde estive com eles e com técnicos que há muitos anos lidam com este tipo de indivíduos. Li muita, muita bibliografia acerca do assunto. Pode ter sido pouca a experiência, mas foi a suficiente para servir de suporte às minhas afirmações.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

A helena acredita realmente que a legalização terá efeito sobre o nr de consumidores? Já agora, de que tipo de drogas estamos a falar?

Helena Antunes disse...

Falo de drogas ilícitas.
Acredito que possam surgir consumidores futuros, o desejo da experimentação pode despertar. Mas mais do que isso acredito que vai aumentar o consumo dos consumidores actuais.
Tudo isto me preocupa.

Anónimo disse...

Espero que a Helena tenha consciência que a fronteira que separa a licitude da ilicitude é, muitas vezes, apenas quantitativa e não qualitativa. Se entrar num restaurante e pedir uma garafa de vinho sou tributado a 12% de IVA. Se comprar uma pasta dentária sou tributado em 21% de IVA. Dito de outra forma, o Governo parte do princípio que é mais essencial uma garrafa de vinho que uma pasta dentária. Direito e lei nem sempre coincidem, além disso, o direito penal é marcado na sua evolução por momentos de expansão e contracção. Penso que o momento é de contracção. Duvido muito que a penalização seja o caminho.
A Helena sabe também que a Droga, mais que um fenómeno químico é um fenómeno social. Sou natural de Joane e ao longo da minha adolescência vi como o fenómeno na droga alastrava na minha vila. Cheguei assim à conclusão que o efeito arrastamento era determinante. É certo que a legalização (pelo menos das drogas leves) não resolve o problema, mas é certo que este tão pouco será resolvido enquanto o consumidor de drogas leves adquirir o seu "produto" no mesmo local em que se adquire a "pesada".

Paula disse...

Como disse Beja Trindade "o fruto proibido é o mais apetecido", e é muito assim os jovens muitas vezes deixam-se levar por isso, pois é contra alei, contra a norma e então toca aexperimentar. Não é o facto de estar legalizado que vai aumentar o consumo de drogas leves. a holanda, como foi referido, é disso um exemplo.
o que pode acontecer é existir um maior controlo sobre quem consome droga e ai sim aumentar os numeros mas n quer dizer que aumentou o consumo. O mesmo se passa com o aborto, o facto de estar legalizado não implica que se faça mais mas os numreos vão aumentar pois exite um contabilição correcta...poruqe quando não era permitido fazia-se na mesma o que nõa se tinha eram os numeros correctos.

Helena Antunes disse...

Respeito muito as vossas opiniões e desejo mesmo que venham a ter razão.
Mas sou da opinião de que aqui "o fruto proibído é o mais apetecido" não se aplica. Ou melhor, aplicasse num fase inicial em que há todo um desejo de experimentação, há a vontade do risco e desafio. Mas, a partir de uma certa altura, quanta mais droga melhor, já não conseguem viver sem ela. Se esta se encontrar mais facilmente e a preços mais acessíveis, o consumo vai disparar. E vai ser mais difícil a intervenção de especialistas de reabilitação, uma vez que os toxicodependentes poderão não estar tão predispostos à recuperação. É que para a recuperação tem de ser o próprio toxicodependente a querer, senão nada feito.

Veremos no que isto vai dar...

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