Até ao próximo sábado, uma antiga fábrica na zona de Couros, em Guimarães, funciona como galeria de arte. Trata-se de um novo projecto do Laboratório das Artes, uma associação de jovens artistas com sede em Guimarães...
O novo projecto, num complexo de fábricas de curtumes, ao lado do Centro Cultural de Vila Flor, visa abrir espaço para novos público na área da arte contemporânea, com muito espaço para experimentalismo.
O nome não podia ser outro, olhando-se para o cenário que, à parte a linguagem artística, abre caminho a divagações sociológicas em torno da decadência de uma certa indústria de Guimarães. Ainda por lá estão os restos - os armários (e alguns integram as instalações artísticas), o elevador sem elevador, os buracos no tecto (são reais, não obras de arte) e outros.
O "Projecto Fábrica" inclui, até Dezembro, conferências, tertúlias, música, exposições, entre outras expressões artísticas que pretendem dar vida a um espaço histórico da cidade. "Pretende-se que neste espaço os artistas possam apresentar novos tipos de linguagens, cruzando várias disciplinas tais como as artes visuais, performance e instalação", salienta o Laboratório.
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E porque não Vila das Aves seguir este exemplo? Com a quantidade de fábricas fechadas e abandonadas que temos, reabilitadas poderiam dar um proveitoso uso para várias funções.
Temos grandes infra-estruturas abandonadas que dá pena olhar, como sejam a Fábrica da Fiatece e a Fábrica de Fiação e Tecidos do Rio Vizela. Ainda esta semana falava da primeira com uma senhora que mora perto da mesma e me contava o estado de degradação para que caminhava. Eu dizia-lhe que era pena, poderia-se proceder a uma reabilitação da mesma e dar-lhe um novo uso, porque não uma pequena empresa minimamente lucrativa.
A fábrica do Rio Vizela também tem caído num estado de degradação constante. Inserida num terreno enorme, com algum espaço de jardim, poderia ser bem aproveitada.
Ideias (e investidores) precisam-se!
2 comentários:
Eu sou completamente fascinado pela grandeza, imponência e relevância histórica dessa fábrica. Tens razão: merece um novo rumo. Sob pena de um destes dias não sobrarem forças para a proteger de uma qualquer vontade urbanizadora...
Concordo plenamente contigo, caro Samuel. É preferível dar-lhe um uso deste género ao invés de a destruirem.
Abraço.
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